terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Importância E A Função Do Azeite No Antigo Testamento E No Novo Testamento

O azeite é um produto muito conhecido desde tempos remotos. Fruto da oliveira, era obtido por meio do esmagar da azeitona nas mãos, como os pés ou mesmo em moinhos próprios para este fim. Essa constrição do fruto deveria ser feita com cuidado para que o caroço não fosse esmagado também, o que liberaria um líquido tido como ruim. A polpa era ensopada em água quente e depois espremida mais uma vez, deixando o líquido resultando desse processo em repouso para que as impurezas ficassem no fundo do recipiente.
Feita a decantação (ato de separar as impurezas existentes em um líquido), obtinha-se o azeite puro (também chamado de azeite batido, o líquido retirado do primeiro processo). Havia uma repetição desse processo de prensa, mas a qualidade deste segundo líquido era notavelmente inferior. Uma parte do azeite da primeira prensa, o batido, por ordem de Deus, deveria ser trazido pelos israelitas para a tenda da congregação, a fim de servir de combustível para as lâmpadas do santuário (Êxodo 27.20).
A Bíblia destaca o azeite e sua utilização em diversas situações, a saber:
a)    Como alimento. Era misturado com farinha de trigo, para que fossem feitos pães ou bolos, dependendo do produto desejado (Levítico 2.1, Levítico 2.4-7 e 1 Reis 17.12).
b)    No uso religioso. Era o combustível que permitia manter as lâmpadas acesas, que na época tinham pavios de pano torcido ou algodão (Êxodo 27.20). Os dízimos entregues ao Senhor poderiam ser feitos em parte com azeite e cereal (Deuteronômio 12.17). Também era usado para ungir uma pessoa escolhida para um determinado ministério ou função, como foi o caso de Saul e Davi, como reis.
c)    Como um remédio. Um doente poderia ter seu corpo ungido caso estivesse em estado febril, como também na unção de determinados ferimentos, e para ungir um corpo que seria sepultado. Tiago diz que se há pessoas doentes na igreja, que chamem os presbíteros e que estes procedam com a unção com azeite (Tiago 5.14). Há teólogos que entendem este “ungir” não apenas como derramar o óleo, e sim fazer uma massagem com azeite na ferida.
d)    Como produto de beleza. A expressão “cosmético” vem do grego kosmos, que traz a idéia de ordenar, de colocar em ordem, reparar o que está desarrumado. O azeite era utilizado para ungir a pele após o banho e os cabelos. Imagine passar azeite para dar um tom mais brilhoso nos cabelos... (Salmos 23.5). Este hábito em Israel seria descontinuado se os israelitas fossem desobedientes a Deus (Deuteronômio 28.40).
e)    Uso comercial. Ter azeite em abundância era considerado sinal de prosperidade e o valor comercial do azeite era reconhecido tanto como o valor dos cereais e do vinho (Números 18.12 e Deuteronômio 7.13). Salomão pagou a Hirão, rei de Tiro, uma quantia anual de azeite batido (1 Reis 5.11).
É evidente que a curiosidade humana atribuía outros fins para o azeite que não estão registrados nas Sagradas Escrituras, mas entendemos que os fins polivalentes deste presente de Deus sempre beneficiarão a humanidade.

Fonte: Revista Eclésia 

  
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