sábado, 16 de julho de 2011

Jejum, Uma Bênção!

Definição de Jejum de acordo com o Dicionário Aurélio: Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.
O jejum é uma prática muito comum no meio religioso,  todas as religiões existentes, cristãs ou não, usam desta forma de sacrifício para louvar as suas divindades.
Mas o que verdadeiramente é o jejum para os cristãos? Uma simples abstinência de alimentos? Não!!!
Infelizmente muitos têm olhado para o jejum como um fardo difícil de ser carregado e ignorado o verdadeiro sentido desta abstinência. Ficam sem alimentar-se por um período levado pelas circunstâncias (determinação da igreja ou algo semelhante), porém, não conseguem ver a grandeza deste ato de louvor ao Senhor. Infelizmente resumindo: Passam Fome!
Em Isaias 58.6,7 está escrito:
“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?"
O Senhor  está ensinando através de seu profeta, que o jejum deve envolver todo o nosso ser, a vontade é subjugada, a mente volta-se para Ele.  São momentos nos quais  devemos fechar a porta para a existência  e abrir-nos totalmente para o Senhor.  Longe de ser algo mecânico, ou encarado como uma obrigação, no entanto deve ser um ato que parte de nosso íntimo um reconhecimento da glória do Pai e do prazer em humilhar-se em sua presença.
Este ensino é dado ao povo escolhido  desde os tempos dos reis,  como uma prática agradável e que geralmente movia o coração do Senhor. Sua pratica era geralmente em situações
difíceis, em que o socorro divino era indispensável.
Veja o exemplo de Davi: “... Jejuou Davi e, ... passou a noite prostrado...” (2 Samuel 12.16)
Alguns textos que nos levam a conhecer diversos momentos em que o jejum foi extremamente necessário: Joel 1.14, 2.12; 2 Samuel 1.12; Lucas 5.33-35; Salmos 35.13; Daniel 6.18; Ester 4.16; Atos 13.3, Atos 14.23.
O jejum era uma prática comum entre os grandes servos do Senhor, pois sabiam que era uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida cotidiana. 
Veja alguns exemplos:
Jesus:  Mateus 4.2; 
Moisés: Êxodo 34.28;
Elias: 1 Reis 19.8;
Paulo: 2 Coríntios 11.27;
Cornélio: Atos 10.30;

Ana: Lucas 2.37;
Davi: 2 Samuel 12.16;
Neemias: Neemias 1.4;
Ester: Ester 4.16;
Daniel: Daniel 9.3,  entre outros.
O jejum também era feito coletivamente, praticado simultaneamente  pela nação, numa cidade, pela igreja  etc.
Leia os exemplos:
Nação: Israel (Juízes 20.6, Esdras 8.21, Jeremias 36.9)
Cidade: Ninivitas (Jonas 3.5-8)

Lideres: Apóstolos (2 Coríntios 6.5)
Igreja:  Primeiros Cristãos (Atos 13.2)
Apesar de ser uma prática comum no seio da igreja do Senhor, na Bíblia vemos poucos ensinamentos a respeito de como praticá-lo.                                        
Em Mateus 6.16-18 vemos uma recomendação do Mestre em relação ao jejum: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,  Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”
Infelizmente este precioso ensinamento dado por Cristo pouco tem sido observado nos dias atuais, nos quais vive-se muito a aparência. E passar uma imagem de crente praticante deste sacrifico coloca sobre as costas uma capa de santidade. E o que deveria ser em secreto, torna-se extremamente aparente, à semelhança do Fariseu que se exaltando dizia a todos: “Jejuo duas vezes por semana...” (Lucas 18.12)
Nestes dias apocalípticos, a simplicidade da Palavra já não tem lugar e muitos têm tentado explicar o inexplicável, e neste afã, inventaram diversas normas para a prática do jejum. Alguns Pastores impõem as suas ovelhas formas predefinidas e até absurdas para sacrificar ao Senhor.
A Palavra, porém, aponta para a voluntariedade é um pacto entre a pessoa e Deus; que nasce no coração, com o  desejo de agradar ao Mestre. É uma forma de nos humilharmos em sua presença, clamando pela sua misericórdia ou demonstrando a nossa gratidão pelo seu amor.
Ditar normas e formas de sacrificar ao Senhor  é colocar fardos pesados sobre as pessoas e muitos são induzidos ao erro. E isto é andar em sentido contrário, pois Cristo veio tirar os fardos pesados difíceis de serem carregados, no entanto, muitos chamados homens de Deus, fazem questão de colocá-los sobre os ombros das ovelhas.
O que deveria verdadeiramente ser ensinado e cobrado pelos pastores era a condição única de santificar-se, deixando o pecado  e de voluntariamente  chegar-se diante do Pai e fazer um pacto de sacrifício.
Na prática do Jejum  é indispensável:
A) Leitura da Palavra  -  Meditar nos ensinamentos, vivenciá-los.
B) Oração  Jejum sem oração, não é jejum!
Orar é falar com Deus.
C) Estar em Espírito  -   É estar com a mente voltada para os céus, ligado nas coisas espirituais. É uma condição de vida para todos os servos do Senhor, em tempos de jejum ou não. 
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51.17)
Quanto à forma de jejuar, esta depende do mover do Espírito Santo ou de sua própria opção, cito alguns exemplos:
a) Ficar por um período sem alimentar-se: 12, 24 ou mais horas.
b) Excluir da alimentação por um período pré-estabelecido algum item. Exemplo: Carne, refrigerantes, doces, etc.
c) Não se alimentar com produtos fermentados.
d) Alimentar-se só com raízes.
e) Alimentar-se apenas com líquidos por um tempo determinado.
f)
Faça segundo o teu coração com o objetivo principal de honrar ao Senhor.
No Jejum, temos que afrontar a carne, lutar contra ela, humilhá-la, ir contra nossa própria vontade.  Portanto é inconcebível  que alguém venha oferecer um sacrifício que não vá doer na carne. Por exemplo: Querer excluir da alimentação o refrigerante por um período, quando normalmente você bebe esporadicamente. Certamente será em vão! É Preciso ir contra a carne!  Afrontá-la!
“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o  Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” (Romanos 14.6-9)
E assim deve ser o nosso viver, tudo quanto façamos, que seja feito no Senhor.
Consulte mais sobre o jejum, veja os textos:
1 Reis 21.9; 2 Coríntios 20.3; Esdras 8.21; Salmos 35.13, 69.10; Jeremias 36.6; Daniel 6.18, 9.3; Joel 1.14, 2.15; Jonas 3.5; Zacarias 8.19; Mateus 15.32, 17.21; Marcos 8.3; Lc 2.37; At 14.23, 27.9; 2 Co 6.5, 11.27

Deus abençoe a todos!!! 

 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...