Somos homens suscetíveis a erros e um deles é o ciúme ou inveja de alguma habilidade ou conquista de nossos irmãos.
Existem pessoas que ficam magoadas quando seus irmãos encontram um emprego bom ou subam na vida de alguma forma, não pensam sobre o quanto é bom que o irmão esteja se dando bem, mas pensam que eles é que deveriam se dar bem.
Existem outros que ficam tristes quando seus irmãos descobrem algum tipo de atividade em que são bons e guardam mágoas disso, por exemplo, se meu irmão fosse melhor futebolista do que eu e eu ficasse chateado com isso.
Mas então pensamos, porque ficarmos chateados, aquilo não é bom para o nosso irmão? Não o amamos? Não queremos seu bem? Porque ficar chateado se sua vida está prosperando?
“Josué, filho de Num, que desde jovem era auxiliar de Moisés, interferiu e disse: “Moisés, meu senhor, proíba-os!”. Mas Moisés respondeu: “Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles!” (Números 11.28-29)
O Senhor disse para Moisés ir à Tenda do Encontro junto com setenta autoridades de Israel (é interessante a história se repetir no Novo Testamento), para que o Espírito Santo de Deus (não o espírito de Moisés) que estava sobre Moisés lhes fosse repartido, para que lhe auxiliassem no comando do povo.
Então o Senhor derramou Seu Espírito sobre as autoridades, mas dois homens entre as setenta autoridades, não estavam na Tenda do Encontro, mas receberam o Espírito mesmo assim e começaram a profetizar no meio do acampamento.
Um jovem correu para contar isso à Moisés, que estava com Josué - que ainda não era uma autoridade, era um auxiliar de Moisés - e Josué disse para Moisés os proibir de profetizarem.
Mas então Moisés, sendo um homem extremamente paciente (Números 12.3) o exortou dizendo que não tivesse ciúmes por ele, ou seja, não tomasse essas “dores” por Moisés, porque na verdade isso não eram nem dores, era uma alegria que homens entre o povo profetizassem, isso não era ruim.
Da mesma maneira nós muitas vezes, ao invés de nos alegrarmos com as conquistas de nossos irmãos, os ficamos invejando, ficamos discutindo e reclamando sobre tais pessoas, ficamos olhando seus pecados, tentando achar algo que os faça ficarem tristes.
Amados, isso não é um comportamento cristão!
Não devemos, como Josué, nos enciumar pelas conquistas de nossos irmãos ou de pessoas próximas, mas devemos nos regozijar por Deus se fazer presente na vida desses irmãos.
Não devemos cobiçar, nem bênçãos materiais, nem bênçãos espirituais. Hoje tem se visto muitos homens invejosos a respeito, não somente de dinheiro, fortuna, mas até mesmo de dons espirituais!
Existem homens hoje que não podem ver um pregador na frente que ficam orando em seus bancos: “Senhor, quero ser melhor que ele, quero ser melhor que ele…”. Tomemos por exemplo Josué, Deus não lhe deu o dom do Espírito naquele momento, Deus não lhe deu uma responsabilidade naquele momento, porque ainda não havia chegado o tempo dele ter responsabilidades.
Não devemos colocar os pés pelas mãos e ficarmos tropeçando por aí, porque muitas vezes tais coisas não acontecem conosco porque não é tempo ainda, não devemos cobiçar, invejar, isso não é sábio. O tempo é de Deus, assim como os propósitos de Deus têm o seu tempo determinado e a distribuição de dons, ministérios são dados conforme a orientação do Espírito Santo, distribuídos como Lhe apraz, não como nos apraz.
Não sejamos invejosos de nossos irmãos, mas nos alegremos quando estes receberem uma bênção especial, nos alegremos sem invejá-los.
Muitas vezes ao invés de nós ouvirmos o que Deus tem a falar através da Palavra dada ao nosso irmão, ficamos pensando: “Porque ELE tem essa Palavra e EU, que estudo a muito mais tempo, não tenho?!”
Irmãos, os dons são do Espírito, assim como seu agir e as bênçãos vem de Deus.
Que aprendamos com a lição de Josué e não invejemos nosso irmão, mas nos alegremos e orgulhemos dele.
Quando seu irmão voar, não o inveje, se alegre!