terça-feira, 27 de março de 2012

Não "Durma"!


Quando eu era criança, costumava “explorar” o meu bairro, se o assunto fosse brincadeira, lá estava eu inserido no contexto. Vejo que as crianças de hoje não se divertem com as coisas simples que outrora nos divertiam, a tecnologia veio para limitar um pouco as peraltices dos pequeninos. Lembro-me com carinho das situações que vivi quando menino, subíamos em árvores, inventávamos brincadeiras que reuniam quase todos os meninos e meninas da rua (queimado, pique-bandeira, pique-esconde, polícia e ladrão, etc.), escorregávamos de morro abaixo em cascas de palmeiras, montávamos carrinhos de rolimã para descer ladeiras, disputávamos corridas com tampinhas de garrafa que se deslocavam com os nossos petelecos, rolávamos pneus de carro como se fossem os próprios veículos, fazíamos túneis para os nossos carrinhos de brinquedo em montes de terra, jogávamos futebol em campinhos com terrenos bem irregulares, enfim, para nós, não importava se estávamos brincando sobre pisos de concreto, areia, barro ou grama, só queríamos aproveitar ao máximo aquele tempo.
Existia um campinho de futebol, próximo a minha casa, bem no lugar onde estão construídos hoje a sede dos Alcoólatras Anônimos, a Secretaria de Municipal Educação (onde também funcionou o SENAC), a APAE (onde também funcionou o Jardim de Infância Manoel Gomes) e uma quadra de esportes pertencente a mesma. Numa certa vez, fomos à este campinho de futebol e, acabei conhecendo uma coisa muito curiosa... Nas extremidades desse campinho, a grama costumava crescer mais um pouco e, no meio dessa grama, havia uma plantinha muito interessante, chamada popularmente de “dormideira”. Um amigo me “apresentou” a ela e me mostrou uma reação peculiar dessa planta, a de se fechar quando recebe algum toque. Fiquei longos minutos tocando nela para estimular aquela ação de fechar as folhas, afinal de contas, eu nunca tinha visto aquela planta na minha vida, somente naquele dia!
Durante a minha caminhada, como cristão, tenho visto inúmeras pessoas que são como aquela plantinha, a dormideira, isto é, quando são tocadas por algum problema, se fecham e desistem de lutar. Não podemos negar que as tribulações nos desgastam, não há alguém que possua a característica de regozijar-se diante de adversidades, isso seria uma atitude nada comum, pois, todo ser humano busca a paz para a sua vida. Nos abalamos com as dificuldades sim, mas, o que não devemos permitir é que a depressão, a inoperância, o medo, enfim, que nada possa neutralizar a nossa perseverança diante das batalhas do cotidiano. Que Deus nos dê a fortaleza necessária para triunfarmos quando passarmos pelo deserto!
Que Deus abençoe a todos!!!

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