O pão é um dos alimentos mais populares em qualquer
nação. A célebre oração do Pai Nosso menciona o pão como sendo a necessidade
básica da pessoa humana e deve ser buscado diariamente: “o pão nosso de cada
dia nos dá hoje” (Mateus 6.11).
Em João 6.35, o Senhor Jesus
Cristo chama a Si mesmo de PÃO DA VIDA. Das sete mais importantes declarações
do Mestre, descritas no Evangelho de João e conhecidas como “Os sete Eu
Sou", essa é precisamente a primeira.
Essas sete declarações não são
insignificantes. Jesus as expôs com o propósito de evidenciar Sua divindade
pessoal. Ele não é como nós somos. Nós somos, a partir de nossa criação. Ele é
eternamente, visto que não foi criado, e sim, Ele é o Criador. Quando Jesus
declarou aos judeus “Eu Sou”, em João 8.58, o texto seguinte declara que Seus
ouvintes pegaram em pedras para atirar sobre Ele, porém, eles entenderam que
Jesus estava expressando claramente Sua divindade, ou seja, Ele é o Jeová do
Antigo Testamento.
Um texto que merece ser lido, é
Isaías 41.4,22. Mas, o que significa essa expressão que Jesus usou, “Pão da
Vida”? Vejamos abaixo as sete declarações mencionadas:
1. Em primeiro lugar, significa
que Ele veio ao mundo a fim de suprir nossas mais profundas necessidades. Essas
necessidades começam pela própria vida e passam necessariamente pelos
alimentos.
2. Em segundo lugar, significa
que não existe vida sem Cristo. Ele é a própria vida (João 14.6). “Nele estava a
vida” (João 1.4). Ele é o doador da vida, incluindo a ressurreição (João 11.25). Ele
nos dá vida em todas as dimensões, incluindo física, espiritual e eterna (João
10.10).
3. Em terceiro lugar, significa
que devemos nos alimentar Dele, numa dimensão espiritual. O corpo se alimenta
do pão natural; o espírito, do pão espiritual, que é Jesus. O corpo se alimenta
pela boca; o espírito pelo ouvido (Romanos 10.10). “Nem só de pão viverá o homem, mas
de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4.4). Jesus é o Pão da Vida, que é
também a própria Palavra de Deus (Apocalipse 19;13). O capítulo seis de João abre com o extraordinário
milagre da multiplicação de pães e conseqüente alimentação de uma grande
multidão. Esse milagre tem o caráter de sinal e aponta
transparentemente para a glória pessoal de Cristo (João 2.11; João 20.30,31).
4. Em quarto lugar, significa que
Jesus tanto pode prover alimento natural quanto espiritual. A multidão no
deserto foi duplamente alimentada. Fartou-se do pão nosso de cada
dia e do alimento que edifica a alma. Jesus declarou ser o Pão
vivo que desceu do céu, ou seja, Sua capacidade de alimentar as multidões
resulta do fato de ser Ele um Ser divino e celestial.
5. Em quinto lugar, significa que
Jesus é infinitamente superior a Moisés. Jesus é por excelência o supridor de
nossas necessidades. Ele satisfaz completamente. Ele é um alimento superior ao
temporário maná que caía no deserto, impossível de anular a mortalidade
inerente a cada ser humano. Como PÃO VIVO, Ele assegura imortalidade aos que
Nele crêem. Essa imortalidade é plenitude da vida eterna. Jesus esclareceu aos
judeus que não foi Moisés quem doou o maná. O maná era um símbolo, um tipo, uma
figura do próprio Cristo, no período de Sua encarnação. Qualquer pessoa podia
recolher o maná que caía no deserto e isto não requeria fé. Mas para ser
espiritualmente alimentado por Jesus a fé é absolutamente indispensável. Além
disso, como Pão, Jesus satisfaz a fome e também a sede (João 6.35). Isto não deve
ser ignorado pelos que lêem a Bíblia Sagrada.
6. Em sexto lugar, significa que
podemos e devemos nos identificar com Cristo. Quando comemos pão, ingerimos
todo o seu conteúdo e permitimos que todos os seus elementos nutrientes se
associem ao nosso organismo. Quando nos alimentamos espiritualmente de Cristo,
recebemos que Dele provém. Nós passamos a nos tornar parte Dele. Há séculos se
costuma dizer que “a pessoa é aquilo que come”. Pessoas que se alimentam mal
vivem mal. O crente se destaca no mundo especialmente por bem alimentado no
mundo espiritual. E quanto mais nos alimentamos, tanto mais crescemos e
prosperamos. O versículo 57 de João 6 deve ser objeto de profundo meditação, devido
as riquezas espirituais que o envolvem.
7. Em sétimo e último lugar
significa que Jesus estava apontando para o Calvário, ao apresentar-Se como pão
vivo que desceu do céu. Cada vez que celebramos a Ceia do Senhor, em comemoração
à Sua morte redentiva lembramos os Seus sofrimentos, que podem ser avaliados ao
pensarmos no penoso processo de fabricação do pão que vem para as nossas mesas.
O pão moído, amassado, triturado e levado ao fogo torna-se um alimento vivo
para nós. A morte de Cristo nos concede vida. A vida de Cristo nos sustenta. As
palavras de Cristo nos vivificam. Graças ao Pai que nos permitiu conhecer a
Cristo, o maravilhoso PÃO DA VIDA.
Alimente-se em Cristo, tenha Nele o seu sustento diário!
Que Deus abençoe a todos!!!