Para iniciar essa postagem,
citarei, antes de qualquer outra coisa, uma frase usada pelo meu Pastor
frequentemente na Igreja... “Quem necessita de libertação é o Cristão, o ímpio
precisa de conversão.” Hummmmmmmmmm... Sei que muitos já apanharam as suas
“fundas” e se posicionaram para lançar as suas “pedrinhas” sobre mim, calma, eu
explico!
Queridos irmãos e leitores
do Blog, a segunda parte dessa frase já está mais do que explicada, pois, todo
ímpio precisa mesmo se converter, isso é fato! Não se converter a uma religião,
e sim a Cristo, e, antes que alguns tentem argumentar sobre isso, quero mais
uma vez citar de forma convicta que só há um meio de se chegar à Deus, através
da pessoa de Jesus (João 14.6). Tenho destacado essa idéia em muitas postagens e,
se você acompanha o dia a dia do Blog, poderá perceber isso claramente.
Jesus já pagou um preço altíssimo por sua salvação, o que Ele deveria fazer
pela humanidade, já foi feito, e por sinal, com excelência! O segundo passo
pertence ao homem, abrir o seu coração e aceitá-Lo como o seu Salvador, único e
suficiente! Bom, a segunda parte da frase supracitada, creio que esteja
compreendida, mas, agora vamos para a primeira parte que, para alguns, pode ser
polêmica...
“Quem necessita de
libertação é o Cristão...”
E o que é libertação?
Segundo o nosso dicionário, “libertação” é “tornar-se livre, por em liberdade”.
Não podemos apanhar a palavra “libertação” e compará-la a palavra “salvação”,
essa é uma confusão clássica, misturar a essência dessas palavras é o que tem feito muitos tropeçarem em suas interpretações. Entenda algo, um salvamento consiste em
retirar alguém de uma situação de morte, perigo, isto é, salvar é impedir que alguém
morra, e, não foi isso o que Jesus veio fazer aqui entre nós, nos salvar? Analise comigo alguns textos
bíblicos que falam de salvação:
“E em nenhum outro há
salvação...” (Atos 4.12a) Mais uma afirmação de que a salvação vem de Deus,
através de Jesus.
“Porque a graça de Deus se
manifestou, trazendo salvação a todos os homens.” (Tito 2.11) A graça de Deus
foi manifestada como um favor imerecido através da atitude de Jesus em se doar
por cada um de nós, conquistando a salvação.
“Porque o Filho do Homem
veio salvar o que se havia perdido.” (Mateus 18.11) O homem estava entregue a
morte e condenação eterna, mas, Jesus veio quebrar essa sentença e garantir
salvação e vida eterna. Sem o sacrifício de Jesus,
na cruz do calvário, com certeza continuaríamos perdidos, condenados!
Analise agora duas situações
que podem ilustrar a salvação e a libertação:
Primeiro falaremos de
salvação... Imagine que, um homem tenta escapar de um predador, no meio de uma
densa floresta, durante vários minutos. Sem parar, ele corre e se esquiva em
meio a vegetação, sem perceber que a sua frente encontra-se um grande penhasco.
Não há como prever tal coisa e de repente, ele cai e consegue se pendurar num
arbusto que nascera bem no início do enorme penhasco. O predador desiste, pela
dificuldade de abater a sua presa naquela situação, porém, o homem admite que o
seu estado é delicadíssimo e rapidamente ele conclui que depende de algum tipo
de ajuda para que a morte não o trague pelo cansaço, afinal de contas, ele
procura driblar aquela possível fatalidade com a força dos seus braços, permanecendo
pendurado no arbusto. Isso sem contar que os galhos da planta podem não agüentar
a estrutura do homem e se quebrar, ou, até mesmo, as raízes se desprenderem do
solo, levando-o a queda. Diante dessa ilustração, eu pergunto a você, amado
leitor, este homem precisa de salvação para livrar-se da queda e da morte que
poderá ser causada pela mesma? Pense aí...
Quero deixar uma próxima
ilustração para mostrarmos algo sobre libertação... Imagine agora um homem que
cometeu um homicídio, passou por um julgamento, foi condenado e está numa cela
de uma penitenciária cumprindo a sua pena. O teto está intacto, não poderá
cair sobre a sua cabeça e levá-lo a óbito. O chão está bem firme e não cederá,
causando acidentes ou qualquer dano grave ao homem. Não há nenhum indivíduo de pequena,
média ou alta periculosidade cumprindo pena na mesma cela, juntamente com esse homem, ele
está absolutamente sozinho no interior da mesma, portanto, não haverá qualquer tentativa de
homicídio dentro da cela. O seu comportamento é bom dentro da penitenciária,
gerando até algum tipo de "confiança" por parte dos agentes penitenciários e
diretores da instituição, deixando-o assim, um pouco mais “a vontade” em
determinadas situações, como nos banhos de sol e outras atividades do cotidiano
dos detentos. Com tudo caminhando razoavelmente bem, ali dentro, este homem não
precisa de salvação, ou seja, ele não está em risco de morte, apenas está preso,
necessita de uma libertação. Mesmo que ele se alimente, leia, durma, caminhe
nos corredores e no pátio, sua vida está condicionada as fortes grades, aos
portões altos, aos muros reforçados, aos guardas sempre alertas, isto é, ele
não está livre, portanto, podemos concluir que ele precisa de uma libertação,
certo?
É isso! Espero que essas
ilustrações tenham cooperado para que você entenda a diferença entre ser salvo
e ser liberto. Quando entregamos a nossa vida a Cristo, Ele nos presenteia com
a salvação, estávamos mortos pela prática do pecado e alcançamos a Vida.
Depois, é iniciado um processo de libertação constante, ou seja, todos os dias
temos que podar algo em nós, retirar alguma sujeirinha do nosso coração,
buscar um renovo para a nossa fé...
Quer ver como você e eu
precisamos nos libertar de algo? Então, leia e responda para si mesmo essas
indagações abaixo:
Há algum tipo de mágoa em
seu coração em relação a alguém que tenha te causado algum mal, alguma decepção
a você?
Você convive com todos, ou,
existe alguém, ou alguns que você não se importa que sejam inseridos em seu
cotidiano?
Sua fé o faz acreditar que
Deus pode te dar a vitória em qualquer situação, por mais complicada que seja
ela?
Você tem total compromisso
com tudo o que é colocado em suas mãos para executar no Reino de Deus, ou,
segue como um servo negligente?
O cansaço o impede de ir a
Casa de Deus, ou, você vence todos os incômodos para estar lá?
Você sempre diz a verdade, ou, manda umas "mentirinhas" de vez em quando?
Você sempre diz a verdade, ou, manda umas "mentirinhas" de vez em quando?
A sua freqüência nos cultos
é impecável, ou, você é um servo domingueiro?
Você separa um tempo para
buscar à Deus com orações, jejum e meditação na Palavra, ou, faz isso quando sobra
algum tempo?
Você prioriza Deus de
verdade, ou, o seu trabalho, sua família ou outra coisa falam mais alto do que
servir integralmente a Deus?
Você prega o evangelho em
qualquer lugar, a qualquer pessoa, ou, costuma escolher os “melhores” lugares e
as “melhores” pessoas para isso?
Você tem procurado crescer
no Conhecimento de Deus, ou, espera que preguem e tragam revelações para você?
Se alguém ficasse possesso
em sua frente, levantaria as mãos sem receio e repreenderia o espírito imundo,
ou, pediria ajuda ao Pastor ou a algum outro irmão “de fogo”?
É fiel nos dízimos e
ofertas, ou, só colabora com a Obra de Deus quando sobra algum dinheirinho na
carteira?
Você visita os enfermos e
encarcerados, ou, acha que esse não é o seu ministério?
Quando alguém fala mal de
algum irmão ou amigo, você ajuda a afundá-lo com mais comentários pesados, ou,
tenta desviar todo o assunto até finalizá-lo?
Você olha o pecador com um
olhar de amor e misericórdia, ou, acha que a misericórdia e o amor são
atributos exclusivos de Deus?
Ouve somente músicas de
cunho Cristão, ou, não se importa de ouvir músicas seculares?
Procura ser e fazer a
diferença nas redes sociais que costuma freqüentar, ou, acha que ali vale tudo
e são todos iguais virtualmente falando?
(...)
É claro que, se fôssemos
esticar o nosso “questionário”, ficaríamos por horas lendo e dizendo sim ou não
para muitas outras perguntas que poderiam surgir, mas, para o momento, tenho
certeza de que alguma pergunta acima já chamou a sua atenção. Amados irmãos,
aqui eu não sou juiz e nem poderia ser diante de qualquer pecado, também cometo erros e sei que há
alguém perfeito para julgá-los, Deus! Por saber disso, sei que todas as vezes
que eu errar e quiser me consertar, me libertar do erro, posso abrir meu
coração de forma verdadeira, com um arrependimento genuíno e pedir o Seu
perdão! Às vezes, podemos acertar de um lado errar do outro, pois, somos falhos.
Não quero dizer que alguém que se converte continua vivendo na prática do
pecado, claro que não, se isso acontece, não houve uma conversão legítima, mas,
o que quero dizer é que, se não vigiarmos em algumas situações, podemos pecar
sim!
Receba essa palavra com
carinho em seu coração e não assuma uma postura de perfeito, todos nós temos
sempre algo para ser consertado por Deus em nosso interior!
Que Deus abençoe a todos!!!