segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Salvação E Libertação, Não Confunda!


Para iniciar essa postagem, citarei, antes de qualquer outra coisa, uma frase usada pelo meu Pastor frequentemente na Igreja... “Quem necessita de libertação é o Cristão, o ímpio precisa de conversão.” Hummmmmmmmmm... Sei que muitos já apanharam as suas “fundas” e se posicionaram para lançar as suas “pedrinhas” sobre mim, calma, eu explico!
Queridos irmãos e leitores do Blog, a segunda parte dessa frase já está mais do que explicada, pois, todo ímpio precisa mesmo se converter, isso é fato! Não se converter a uma religião, e sim a Cristo, e, antes que alguns tentem argumentar sobre isso, quero mais uma vez citar de forma convicta que só há um meio de se chegar à Deus, através da pessoa de Jesus (João 14.6). Tenho destacado essa idéia em muitas postagens e, se você acompanha o dia a dia do Blog, poderá perceber isso claramente. Jesus já pagou um preço altíssimo por sua salvação, o que Ele deveria fazer pela humanidade, já foi feito, e por sinal, com excelência! O segundo passo pertence ao homem, abrir o seu coração e aceitá-Lo como o seu Salvador, único e suficiente! Bom, a segunda parte da frase supracitada, creio que esteja compreendida, mas, agora vamos para a primeira parte que, para alguns, pode ser polêmica...
“Quem necessita de libertação é o Cristão...”
E o que é libertação? Segundo o nosso dicionário, “libertação” é “tornar-se livre, por em liberdade”. Não podemos apanhar a palavra “libertação” e compará-la a palavra “salvação”, essa é uma confusão clássica, misturar a essência dessas palavras é o que tem feito muitos tropeçarem em suas interpretações. Entenda algo, um salvamento consiste em retirar alguém de uma situação de morte, perigo, isto é, salvar é impedir que alguém morra, e, não foi isso o que Jesus veio fazer aqui entre nós, nos salvar? Analise comigo alguns textos bíblicos que falam de salvação:
“E em nenhum outro há salvação...” (Atos 4.12a) Mais uma afirmação de que a salvação vem de Deus, através de Jesus.
“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens.” (Tito 2.11) A graça de Deus foi manifestada como um favor imerecido através da atitude de Jesus em se doar por cada um de nós, conquistando a salvação.
“Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido.” (Mateus 18.11) O homem estava entregue a morte e condenação eterna, mas, Jesus veio quebrar essa sentença e garantir salvação e vida eterna. Sem o sacrifício de Jesus, na cruz do calvário, com certeza continuaríamos perdidos, condenados!
Analise agora duas situações que podem ilustrar a salvação e a libertação:
Primeiro falaremos de salvação... Imagine que, um homem tenta escapar de um predador, no meio de uma densa floresta, durante vários minutos. Sem parar, ele corre e se esquiva em meio a vegetação, sem perceber que a sua frente encontra-se um grande penhasco. Não há como prever tal coisa e de repente, ele cai e consegue se pendurar num arbusto que nascera bem no início do enorme penhasco. O predador desiste, pela dificuldade de abater a sua presa naquela situação, porém, o homem admite que o seu estado é delicadíssimo e rapidamente ele conclui que depende de algum tipo de ajuda para que a morte não o trague pelo cansaço, afinal de contas, ele procura driblar aquela possível fatalidade com a força dos seus braços, permanecendo pendurado no arbusto. Isso sem contar que os galhos da planta podem não agüentar a estrutura do homem e se quebrar, ou, até mesmo, as raízes se desprenderem do solo, levando-o a queda. Diante dessa ilustração, eu pergunto a você, amado leitor, este homem precisa de salvação para livrar-se da queda e da morte que poderá ser causada pela mesma? Pense aí...
Quero deixar uma próxima ilustração para mostrarmos algo sobre libertação... Imagine agora um homem que cometeu um homicídio, passou por um julgamento, foi condenado e está numa cela de uma penitenciária cumprindo a sua pena. O teto está intacto, não poderá cair sobre a sua cabeça e levá-lo a óbito. O chão está bem firme e não cederá, causando acidentes ou qualquer dano grave ao homem. Não há nenhum indivíduo de pequena, média ou alta periculosidade cumprindo pena na mesma cela, juntamente com esse homem, ele está absolutamente sozinho no interior da mesma, portanto, não haverá qualquer tentativa de homicídio dentro da cela. O seu comportamento é bom dentro da penitenciária, gerando até algum tipo de "confiança" por parte dos agentes penitenciários e diretores da instituição, deixando-o assim, um pouco mais “a vontade” em determinadas situações, como nos banhos de sol e outras atividades do cotidiano dos detentos. Com tudo caminhando razoavelmente bem, ali dentro, este homem não precisa de salvação, ou seja, ele não está em risco de morte, apenas está preso, necessita de uma libertação. Mesmo que ele se alimente, leia, durma, caminhe nos corredores e no pátio, sua vida está condicionada as fortes grades, aos portões altos, aos muros reforçados, aos guardas sempre alertas, isto é, ele não está livre, portanto, podemos concluir que ele precisa de uma libertação, certo?
É isso! Espero que essas ilustrações tenham cooperado para que você entenda a diferença entre ser salvo e ser liberto. Quando entregamos a nossa vida a Cristo, Ele nos presenteia com a salvação, estávamos mortos pela prática do pecado e alcançamos a Vida. Depois, é iniciado um processo de libertação constante, ou seja, todos os dias temos que podar algo em nós, retirar alguma sujeirinha do nosso coração, buscar um renovo para a nossa fé...
Quer ver como você e eu precisamos nos libertar de algo? Então, leia e responda para si mesmo essas indagações abaixo:
Há algum tipo de mágoa em seu coração em relação a alguém que tenha te causado algum mal, alguma decepção a você?
Você convive com todos, ou, existe alguém, ou alguns que você não se importa que sejam inseridos em seu cotidiano?
Sua fé o faz acreditar que Deus pode te dar a vitória em qualquer situação, por mais complicada que seja ela?
Você tem total compromisso com tudo o que é colocado em suas mãos para executar no Reino de Deus, ou, segue como um servo negligente?
O cansaço o impede de ir a Casa de Deus, ou, você vence todos os incômodos para estar lá?
Você sempre diz a verdade, ou, manda umas "mentirinhas" de vez em quando?
A sua freqüência nos cultos é impecável, ou, você é um servo domingueiro?
Você separa um tempo para buscar à Deus com orações, jejum e meditação na Palavra, ou, faz isso quando sobra algum tempo?
Você prioriza Deus de verdade, ou, o seu trabalho, sua família ou outra coisa falam mais alto do que servir integralmente a Deus?
Você prega o evangelho em qualquer lugar, a qualquer pessoa, ou, costuma escolher os “melhores” lugares e as “melhores” pessoas para isso?
Você tem procurado crescer no Conhecimento de Deus, ou, espera que preguem e tragam revelações para você?
Se alguém ficasse possesso em sua frente, levantaria as mãos sem receio e repreenderia o espírito imundo, ou, pediria ajuda ao Pastor ou a algum outro irmão “de fogo”?
É fiel nos dízimos e ofertas, ou, só colabora com a Obra de Deus quando sobra algum dinheirinho na carteira?
Você visita os enfermos e encarcerados, ou, acha que esse não é o seu ministério?
Quando alguém fala mal de algum irmão ou amigo, você ajuda a afundá-lo com mais comentários pesados, ou, tenta desviar todo o assunto até finalizá-lo?
Você olha o pecador com um olhar de amor e misericórdia, ou, acha que a misericórdia e o amor são atributos exclusivos de Deus?
Ouve somente músicas de cunho Cristão, ou, não se importa de ouvir músicas seculares?
Procura ser e fazer a diferença nas redes sociais que costuma freqüentar, ou, acha que ali vale tudo e são todos iguais virtualmente falando?
(...)
É claro que, se fôssemos esticar o nosso “questionário”, ficaríamos por horas lendo e dizendo sim ou não para muitas outras perguntas que poderiam surgir, mas, para o momento, tenho certeza de que alguma pergunta acima já chamou a sua atenção. Amados irmãos, aqui eu não sou juiz e nem poderia ser diante de qualquer pecado, também cometo erros e sei que há alguém perfeito para julgá-los, Deus! Por saber disso, sei que todas as vezes que eu errar e quiser me consertar, me libertar do erro, posso abrir meu coração de forma verdadeira, com um arrependimento genuíno e pedir o Seu perdão! Às vezes, podemos acertar de um lado errar do outro, pois, somos falhos. Não quero dizer que alguém que se converte continua vivendo na prática do pecado, claro que não, se isso acontece, não houve uma conversão legítima, mas, o que quero dizer é que, se não vigiarmos em algumas situações, podemos pecar sim!
Receba essa palavra com carinho em seu coração e não assuma uma postura de perfeito, todos nós temos sempre algo para ser consertado por Deus em nosso interior!
Que Deus abençoe a todos!!!

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